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Um homem precisa viajar por sua conta


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Um homem precisa viajar por sua conta

Relato de Fabiana Roque

 

Um homem precisa viajar por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv (…)”
(Amyr Klink)

A narrativa do navegador, escritor e palestrante, Amyr Klink, permeou minha vida durante muitos anos. Era um mantra e a explicação para a vontade incessante que sempre tive de conhecer as diversas maneiras de estar neste planeta.

Eis que no começo deste ano, ganhei de uma amiga o livro Mil Milhas, de Tamara Klink, filha de Amyr. Receber um livro sobre uma navegadora mulher que acaba de se tornar a mais jovem brasileira a cruzar o Atlântico em solitário me fez refletir que o desejo é uma força perigosa que pode nos levar mais longe do que pensamos poder chegar.

A leitura me fez relembrar a viagem que fiz para a Noruega, país em que a navegação de Tamara teve início. País este também que coloca em prática os pilares que acredito serem fundamentais para o desenvolvimento harmônico de uma nação: sustentabilidade, progresso, igualdade de gênero, social e prosperidade.

 

Quando montanha e mar caminham juntos

A navegação teve início em Alesund, uma das cidades mais bonitas da Noruega, a capital do bacalhau, dos festivais, e o único lugar do mundo onde a arquitetura Art Nouveau recebe a brisa do Atlântico. 

A bordo do Sardinha, um veleiro de 26 pés (8 m de comprimento), Tamara passa por Bergen, a capital dos fiordes e uma das cidades mais importantes do país na Idade Média. Os armazéns de outrora localizados no cais do porto – Bryggen – se transformaram em restaurantes e museus, respeitando o charme da arquitetura original de madeira colorida em ocre e tijolo.    

Os fiordes estão por toda a costa do país, mas essa é a região mais acessível, já que é possível transitar de um para o outro por terra (ou pelo mar). Por ali está a vila e o Fiorde de Geiranger, Patrimônio da Humanidade da UNESCO. Outro destaque é o Sognefjord, o fiorde mais profundo e longo da Noruega, paraíso para caminhadas e dono de picos majestosos. Sem falar da romântica Flam, onde a Ferrovia Flamsbana, atravessa paisagens cinematográficas. 

 

Mulher de posa de lado, apoiada em uma grade baixa, sorrindo e olhando para o horizonte a sua frente. Ao fundo, os fiordes noruegueses, formados entre montanhas.

Loen Skylift.

 

 

“Uma mulher precisa viajar. Para descobrir por si mesma aonde é capaz de chegar”. (Tamara Klink)

Noruega, janeiro de 2022: de 19 ministérios, as mulheres ocupam 10, incluindo a chefia das pastas das Relações Exteriores, Energia e Justiça.  

De acordo com uma série de estudos internacionais, a Noruega está entre os melhores países para ser uma mulher, também é um dos melhores países para a mulher no mercado de trabalho e o segundo melhor país para ser mãe.

Fico imaginando o quão saudável deve ser viver num lugar onde as mulheres não tenham que lutar diariamente, em diversos aspectos, contra o apagamento que com frequência a sociedade tenta forçá-las. Penso no tamanho do desafio que Tamara e tantas outras mulheres navegadoras enfrentam no espaço náutico, constituído majoritariamente por homens.  

Felizmente, nós mulheres, já entendemos que podemos ser e exercer o que quisermos e que só os homens podem sair para pescar é história antiga de pescador. 

 

“(…)
– Sozinha?
Eles não sabem. Quando a gente se entrega inteira, quando a gente cuida de cada ponto e cada nó, a gente nunca está só. Vem conosco uma manada afoita e latente uivando para seguirmos sempre em frente.”
Tamara Klink

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Cada destino revela novos horizontes e cria histórias que ficam para sempre.

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